Saiba por que a PF prendeu o ex-ministro de Bolsonaro Gilson Machado
Gilson Machado atuou como ministro do Turismo do governo Jair Bolsonaro (PL). A prisão ocorreu em Pernambuco
atualizado
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Gilson Machado, ex-ministro do Turismo do governo Jair Bolsonaro (PL), foi preso, na manhã desta sexta-feira (13/6), durante operação da Polícia Federal (PF) no Recife (PE). Ele é suspeito de atuar para emitir um aporte português com o objetivo de facilitar a saída do país do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Mauro Cid.
Na operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), os agentes apreenderam celulares e outros dispositivos eletrônicos com o ex-ministro. A operação também incluiu a quebra dos sigilos telemático e telefônico de Machado, referente ao período de janeiro a junho de 2025.
As investigações apontam que Gilson Machado teria tentado obter o aporte para Mauro Cid no consulado de Portugal, no Recife, no mês ado. Ocorre que o ex-ajudante de ordens permanece sendo vigiado por tornozeleira eletrônica e outras cautelares.
Conforme apurado pelo portal Metrópoles, Gilson Machado não ofereceu resistência à abordagem da PF. A investigação tinha sido solicitada pela PF e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nessa semana.
Fuga
O aporte para Cid tinha como objetivo a fuga do ex-ajudante de ordens. A tentativa de emissão do documento só chegou ao conhecimento das autoridades após uma denúncia do consulado do Recife.
A PGR enviou ao STF uma manifestação em que diz concordar com a PF sobre a necessidade de investigação de Gilson Machado.
Em nota, o ex-ministro negou “veementemente ter ido a qualquer consulado, inclusive o português no Recife”. A declaração foi divulgada nesta semana, após a notícia de que ele teria atuado na obtenção do aporte.
“Reitero nessa oportunidade, que apenas mantive contato telefônico em maio último, com o Consulado português, tão somente solicitando uma agenda para meu pai renovar o aporte, o qual foi feito após dita solicitação”, completou.