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STF: general pede desculpa a advogado por se irritar em interrogatório

Ex-ministro de Bolsonaro, general Paulo Sérgio Nogueira pediu desculpas e reconheceu que as falas não foram apropriadas

13/06/2025 17:35, atualizado 13/06/2025 17:44

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1 de 1 Imagem de Paulo Sérgio - Foto: Reprodução TV Justiça

Ex-ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira divulgou uma carta aberta pedindo desculpas ao próprio advogado, Andrew Fernandes Farias, após se irritar com o defensor durante interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF).

Sérgio Nogueira prestou esclarecimentos na terça-feira (10/6), na ação penal que investiga uma suposta trama golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. O general demonstrou incômodo com o advogado ao ser questionado.

“General, para esclarecer alguns pontos que me parecem relevantes, consta da denúncia que nessa reunião do dia 14 de dezembro, o senhor…”, disse o advogado Andrew Farias, sendo interrompido pelo militar. “Você vai me perguntar sobre a reunião, cara?”, questionou o general.

“Para o senhor esclarecer, para o senhor esclarecer”, explicou o advogado. Nogueira, então, respondeu: “Tá certo”.

Na carta, o general afirmou que foi preparado pela equipe de Andrew para o interrogatório e reconheceu que “as falas que fiz em alguns momentos não foram apropriadas”.

“Por fim, apresento minhas escusas [desculpas] ao Dr. Andrew e manifesto a elevada estima e o agradecimento a toda a sua equipe pelo proficiente trabalho, cuja excelência tem fortalecido a confiança na solidez da minha defesa”, afirmou o general em carta divulgada nesta sexta-feira (13/6).

Ex-ministro defende Bolsonaro

O general afirmou a Moraes que jamais foi pressionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para mostrar o relatório das Forças Armadas acerca das urnas eletrônicas.

O ex-ministro da Defesa afirmou que o objetivo do relatório não era encontrar uma possível fraude nas eleições, mas sim fiscalizar todo o processo eleitoral.

“Eu não despachei documento nenhum. Não houve reunião, não levei relatório para o presidente . O presidente jamais me pressionou. Seja para mandar o relatório somente no 2º turno, seja para alterar o relatório. O que me deixa de cabeça quente na denúncia, que alterei esse relatório”, disse o general.